Queria ter sido eu a inventar a água, ou a lua, ou a magia das marés, sabes? Gostaria de ter sido eu a inventar qualquer coisa que pudesse dizer: Olha, criei para ti. Mas não inventei. Apenas posso dizer: Olha, fui criado, não me criei. Mas uma coisa é certa. Fui criado para ti.
em xilre.
"Tenho certeza que já ouviu esta: os médicos vitorianos inventaram o vibrador para masturbar as mulheres até ao orgasmo, porque tinham usado as próprias mãos em tantas pacientes, num esforço de curá-las da histeria, que os seus braços doíam. Adoramos esta história. Eu adoro esta história. Hollywood adorou esta história de tal forma que o filme 'Hysteria' foi baseado nesta história.É com pesar que tenho a dizer-vos que, na verdade, é apenas uma história. Não só não há qualquer menção conhecida de médicos e vibradores na pornografia vitoriana, como não há menção dela no trabalho dos primeiros sexólogos. Iwan Bloch, Havelock Ellis, Richard von Kraft-Ebing e Freud catalogaram meticulosamente todos os fetiches, parafilias e expressões conhecidas do comportamento sexual, mas nenhum deles menciona médicos, vibradores e orgasmo. Ellis e Bloch descrevem mesmo algumas mulheres quer derivam prazer sexual de máquinas de costura e beterrabas, mas não há qualquer menção de um vibrador."
A má notícia está aqui.
O rapaz do sétimo, o que mora por baixo de mim, está de amores pela filha da porteira, a Ivette. O rapaz do sétimo fez de conta que nos encontrámos por acaso e pediu-me conselho, que lhe tinham dito que eu era especialista em mal de amores, que eu até tinha um blogue e tudo (e piscou-me o olho, cúmplice). Eu expliquei-lhe que estava melhorzinho disso do mal de amores e lá lhe fui aconselhando que nisto de conquistar as Ivettes deste mundo, o importante é arriscar, arriscar tudo. Eu sei que o rapaz do sétimo é daqueles que fazem tudo pela certa, imagino-o a tomar comprimidos para as vertigens antes de se suicidar atirando-se pela janela abaixo, e senti-o desfalecer. O rapaz do sétimo não vai arriscar, é por isso que as Ivettes nunca percebem que os rapazes do sétimo estão de amores por elas e acabam por ficar com os rapazes que não são do sétimo, o que não é necessariamente uma má coisa.
Gosto tanto disto. O blog terminou em 2012, mas ainda pode lê-lo aqui.
Gosto tanto disto. O blog terminou em 2012, mas ainda pode lê-lo aqui.
... como um selim. Mas um gajo, ou uma gaja, tem apoiar o traseiro naquela coisa dura como cornos, para pedalar até encontrar a felicidade. Conversa mole, poderão dizer. É no que dá ler coisas como estas.
- Épá, tenho uma barbearia em Oskemen.
- Onde é isso?
- No Cazaquistão.
- Longe p'ra caralho...
- Pois, e o negócio está a correr mal p'ra caralho.
- Épá, contrata umas strippers e vais ver que os cazaques até fazem fila.
O diálogo é treta, mas a ideia não. Correu tão bem que os clientes fizeram fila para... cortar o cabelo.
- Onde é isso?
- No Cazaquistão.
- Longe p'ra caralho...
- Pois, e o negócio está a correr mal p'ra caralho.
- Épá, contrata umas strippers e vais ver que os cazaques até fazem fila.
O diálogo é treta, mas a ideia não. Correu tão bem que os clientes fizeram fila para... cortar o cabelo.
Há uns dias surgiu esta foto numa conta de Twitter, com a legenda "é este o futuro que os liberais querem." Ao post crítico, a drag queen da imagem, Gilda Wabbit, fez o seguinte comentário:
"Gostava de ver um futuro em que não é nada de especial uma mulher de burka sentar-se ao lado de uma drag queen em Nova Iorque. Tornou-se sensação, mas ela e eu estávamos apenas ali, a co-existir. A liberdade de simplesmente ser tu próprio num mar de gente que não é igual a ti é uma liberdade que todos nós merecemos."
Hoje não vou vou fazer juízos de valor. Mas só hoje... Limito-me aos números de um estudo a 52.600 americanos. Segue-se a percentagem de pessoas que tiveram um orgasmo enquanto pinavam:
mulheres heterossexuais 65%
mulheres bissexuais 66%
mulheres homossexuais 86%
homens bissexuais 88%
homens homossexuais 89%
homens heterossexuais 95%
mulheres heterossexuais 65%
mulheres bissexuais 66%
mulheres homossexuais 86%
homens bissexuais 88%
homens homossexuais 89%
homens heterossexuais 95%
Querido João,
Eu sei que no teu tempo a coisa era complicada. Não se dizia nada a ninguém e ia-se a umas saunas ou tinha-se uns amigos que padeciam da mesma “doença”. Casava-se com menina de bem, casadoira, boa dona de casa e parideira. E tudo às escuras, para não se ver que naquele peito não havia pelos e abdominais definidos. Nem uns ombros largos ou uma cintura direita. Pronto. Serviço feito e nasciam os filhos que se impunham. E continuavam as saunas e os encontros interditos. Mas isto… só os sortudos e intelectuais da altura. Aos outros, por vezes, destinava-se uma vida de clausura. Ou solteiros ou mal casados. O medo da prisão. O medo das palavras. Ai, como é que era? Ah… Paneleiro. Medo dos risos bêbados do “lá vai o panisgas”.
Depois, havia aqueles de quem se desconfiava mas ficava-se calado… porque escrevia muito bem. Ou cantava muito bem. Ou declamava muito bem. Ou pintava muito bem. Era qualquer coisa “muito bem”. E pronto, era lá com ele. Com a vida dele. Coisas dele. Cada um sabe “onde quer levar”. Não era, João?
lê o resto da carta em capazes.pt
Eu sei que no teu tempo a coisa era complicada. Não se dizia nada a ninguém e ia-se a umas saunas ou tinha-se uns amigos que padeciam da mesma “doença”. Casava-se com menina de bem, casadoira, boa dona de casa e parideira. E tudo às escuras, para não se ver que naquele peito não havia pelos e abdominais definidos. Nem uns ombros largos ou uma cintura direita. Pronto. Serviço feito e nasciam os filhos que se impunham. E continuavam as saunas e os encontros interditos. Mas isto… só os sortudos e intelectuais da altura. Aos outros, por vezes, destinava-se uma vida de clausura. Ou solteiros ou mal casados. O medo da prisão. O medo das palavras. Ai, como é que era? Ah… Paneleiro. Medo dos risos bêbados do “lá vai o panisgas”.
Depois, havia aqueles de quem se desconfiava mas ficava-se calado… porque escrevia muito bem. Ou cantava muito bem. Ou declamava muito bem. Ou pintava muito bem. Era qualquer coisa “muito bem”. E pronto, era lá com ele. Com a vida dele. Coisas dele. Cada um sabe “onde quer levar”. Não era, João?
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