Depois queixa-te

"E a tua tia sabes de que tem cara, de puta, sabes o que é, uma mulher tão porca que fode com todos os homens e mesmo que tenha racha para foder deixa que lhe ponha a pila no cu."

"Fazem amor pelo cu porque não têm racha, enfiam coisas no cu percebes... maricas é meter coisas no cu... nem querem saber de terem uma pila."

Foram estas as duas frases que chocaram os pais dos alunos do 8º ano do Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, que leram o livro O Nosso Reino, de Valter Hugo Mãe durante as férias de Natal. Se calhar nunca disseram um palavrão na vida. Ou já disseram mas não querem que o fruto do seu ventre os diga. Provavelmente medem o nível intelectual dos que os rodeiam pelo número de caralhadas que dizem. Isso ou têm vergonha do seu passado, quando jogavam à bola e gritavam na cara do adversário que a mãe dele era uma puta.

O comissário do Plano Nacional de Leitura foi sensível à coisa e explicou que foi um erro informático. Agora só pode ser lido por alunos com mais de 16 anos. Percebe-se: esses já sabem o que é foder. Os outros são uns tontos que dizem folhas em vez de foda-se, mémé em vez de merda, carvalho em vez de caralho, pipi no lugar de cona...

Vão educar, caralho! E deixem os vossos filhos ler em paz! Pode ser que aprendam a ignorar essa vossa mente poucachinha!

O Menino de Sua Mãe explica melhor do que eu:
"Matar devia ser pior que foder. Ladrão devia soar pior que puta. Racismo devia chocar mais que pila. Não educar os filhos devia ser pior que levar no cu."

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